Continuando as nossas aulas a respeito do 6.º e do 9.º Mandamentos, falaremos agora a respeito da homossexualidade e de outras práticas sexuais que não estão de acordo com o projeto de Deus.
Na linguagem, digamos assim, tradicional, escolástica, usa-se o termo “sexo contrário à natureza”. Essa expressão, “contrário à natureza”, vem da filosofia clássica, principalmente a aristotélico-tomista. Quer dizer o seguinte: Deus criou a sexualidade; portanto, há nela uma substância, uma natureza no sentido daquilo que lhe é próprio, de acordo com o seu ser, com sua finalidade. Deus, o engenheiro, quando pensou, quando projetou a sexualidade, tinha em mente, para ela, determinados fins, dentre os quais o principal é a geração da prole.
No entanto, é claro, o sexo não existe apenas para a geração. Existe uma gratificação física, pelo prazer, mas também uma gratificação afetiva, o vínculo que a atividade sexual produz. É, como já vimos, o aspecto unitivo do sexo.
Acontece que, de uns tempos para cá, a sexualidade humana foi dissociada e artificialmente desconectada da procriação. Isso quando, há cinquenta anos, se começou a propagar a pílula, quando os métodos...