Depois de termos refletido sobre a questão da justiça, vamos agora entender, bem diretamente, o que é pecado contra o 7.º Mandamento, “Não furtar”. No mesmo compasso, trataremos também de pecados contra o 10.º, “Não cobiçar as coisas alheias”, pois são duas realidades bastante interligadas.
Mas, antes, façamos brevíssima recapitulação do que foi dito na aula passada.
Partimos do princípio de que não somos senhores absolutos de nós mesmos. Somos uma tarefa a ser cumprida. Tarefa dada por Deus, que nos deu o corpo e a alma para que observemos o nosso dever. Daí que tenhamos o direito de nos apropriar de certas coisas necessárias ao cumprimento dessa missão. Falamos, então, em coisas materiais, mas a demanda não se esgota aí. Há ainda bens espirituais, como a boa fama, que é necessária para se viver no dia a dia.
Ora, pecamos contra o 7.º e o 10.º Mandamentos quando nos relacionamos inadequadamente, injustamente com os bens alheios — bens materiais ou espirituais.
Então, para fazer o exame de consciência em relação a esses Mandamentos, comecemos com uma pergunta óbvia: “Roubei alguma coisa?”.
No Código Penal brasileiro, há certas distinções. Há...