Na última aula, em que falávamos do 4º Mandamento, tratamos, por uma questão cronológica, dos deveres dos pais para com os filhos. Começamos por aí, pois, conforme dissemos, vivemos numa época que perdeu a noção do que seja família, e de que homens e mulheres adultos têm a missão de se doar e educar, no caminho da fé, a geração nova.
Agora veremos o reverso da moeda, pois se os pais têm lá suas obrigações para com os filhos, os filhos, claro, também têm os seus deveres e sua melhor forma de se relacionar com os pais. A começar porque existe, nessa relação, uma ordem hierárquica e, por consequência, o dever de respeito dos inferiores para com os superiores. É preciso dizer isso com toda a clareza porque o mundo moderno — muito moldado pelos ideais da Revolução Francesa e seus clamores por igualdade — tende a rejeitar, pelo menos no discurso, todas as formas de hierarquia. Rejeita só no discurso porque, na prática, esse protesto de “igualdade” termina mesmo levando à máxima desigualdade. Afinal, para se alcançar a tão desejada egalité, será sempre preciso que poderes superiores, pairando muito acima dos reles mortais, a impunham, na marra. Eis a desgraça desse...