Quando subiu o Monte Sinai, Moisés levou consigo duas tábuas para que Deus reescrevesse os Dez Mandamentos. Na primeira tábua, ficaram gravados os Mandamentos que se referem a Deus. Na linguagem catequética, dizemos: “Amar a Deus sobre todas as coisas”; “Não tomar seu santo nome em vão”; e “Guardar domingos e festas”. Na outra tábua, ficaram os outros sete Mandamentos, que se referem ao próximo.
Essas duas categorias de Mandamentos, a respeito de Deus e a respeito do próximo, foram resumidos por Cristo na seguinte fórmula: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Essa formulação — note-se — não está expressa nos Dez Mandamentos. Se abrirmos a Bíblia nos livros do Êxodo e do Deuteronômio, onde se registrou o Decálogo, não encontraremos essa expressão dita pelo Cristo e que nos acostumamos a ouvir nas catequeses. Diz o texto bíblico no capítulo 20 do Êxodo: “Deus pronunciou todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão” (Ex 20, 1-2).
Após essa breve recordação, vem o 1.º Mandamento:
“Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti qualquer ídolo...