Para falar da sexualidade do casal, precisamos, primeiramente, entender o que é o matrimônio. É como dissemos na aula passada: para entender a finalidade de uma coisa, precisamos analisar o que essa coisa é. Por exemplo, se tenho em mãos um copo, feito de vidro, de forma côncava, a partir dessa análise de sua matéria e forma, consigo enxergar com mais clareza qual é a sua finalidade: conter líquidos para que uma pessoa possa saciar a sua sede. Ora, conhecendo bem a finalidade da coisa, podemos utilizá-la adequadamente — quem usa um copo, por exemplo, como porrete para dar na cabeça dum outro, vamos convir que não o esteja usando de acordo com o seu fim próprio.
Então, perguntemos: o que é um matrimônio?
Primeiro: é uma aliança. Em termos jurídicos, fala-se em contrato. Mas a palavra contrato não é a mais precisa para descrever essa aliança de amor, porque, no contrato jurídico, os contratantes, que num momento resolveram firmar aquele acordo, podem, dali a pouco, a seu bel-prazer, dissolvê-lo. Daí que os adeptos do casamento civil acreditem ser lícito o divórcio. Para eles, o que houve foi apenas isso, um contrato, que pode ser feito e desfeito...