Na primeira aula deste curso, vimos que os Dez Mandamentos são um auxílio de Deus para que o ser humano, com a luz da inteligência, enxergue como e para que ele foi feito.
Ora, para definir alguma coisa, vale a pena partir de sua finalidade. A do celular, por exemplo, não é servir de peso de papel, mas realizar ligações telefônicas. É a sua função básica, como o próprio nome, de origem grega, o sugere: tele (‘τῆλε [tḗle]’), “de longe”; fone (‘φωνή [phōnḗ]’), “voz”, ou seja, “telefone” é “voz ouvida de longe”. Os celulares atuais são também smartphones, cuja finalidade, semelhante à dos computadores, é processar programas chamados aplicativos. Além disso, vêm equipados com uma câmera feita para fotografar e filmar, e assim por diante. Conforme se vão agregando finalidades ao instrumento, muda-se-lhe a natureza.
Seja como for, um engenheiro pensou o telefone ou o smartphone tendo em vista certas finalidades. Do mesmo modo, o Engenheiro do homem pensou-o de acordo com um fim. Ora, como vimos, o ser humano é uma inteligência criada, e toda inteligência ordena-se ao conhecimento da verdade. Por isso, o que se tem convencionado chamar de inteligência artificial...