Embora a fé seja um ato pessoal, ou seja, "a resposta livre do homem à iniciativa de Deus que se revela", não é um ato que se possa praticar de forma individual. Ele só pode ser realizado com a Igreja. É por isso que nos vários credos da Igreja pode ser encontrada tanto a fórmula eu creio quanto a nós cremos. No livro de referência para este curso, o Denzinger-Hunnerman, a partir do número 10 podem ser encontrados os Símbolos com ambas formulações.
Para as declarações dogmáticas, os bispos da Igreja usam sempre a fórmula no plural: nós cremos, pois não se trata de um credo particular, mas coletivo, refletindo o pensamento da Igreja.
O ato de fé é o mesmo, porém, é importante que se encontre uma sintonia na maneira de se expressar esta fé. É preciso afinar a linguagem, por assim dizer. O ato de fé do crente, segundo Santo Tomás de Aquino, não para no enunciado, mas chega até a realidade anunciada, então, embora possam ser usadas palavras diferentes, a fé é a mesma. Mesmo assim é necessário ter a mesma linguagem. Por causa disso, surge uma espécie de tensão.
Na História da Igreja o desacordo quanto ao uso de algumas palavras quase gerou consequências...