"Denominada nos Evangelhos ‘a mãe de Jesus’ ; Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento do seu Filho, como a ‘Mãe do meu Senhor’. Com efeito, Aquele que ela concebeu do Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho Eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos)".
Sempre que a Igreja Católica refere-se à Maria dois adjetivos são utilizados: Virgem e Mãe. Os filósofos modernos tendem a resolver a tensão gerada por essa aparente contradição simplesmente eliminando um dos dogmas. A realidade é que existem os dois dogmas: o dogma da Maternidade Divina e o dogma da Virgindade Perpétua de Maria, e que, aparentemente, ambos constituem um paradoxo que gera uma espécie de tensão intelectual. Antes de tentar resolver essa tensão é preciso crer.
O Concílio de Éfeso, em 431, proclamou que Maria é a geradora de Deus (Theotókos, em grego ou Deípara, em latim):
"Com efeito, não nasceu antes, da Santa Virgem, um homem qualquer, sobre o qual depois desceria o Verbo, mas se diz que este,...