A vida de Jesus foi uma completa e irrestrita entrega ao Pai. A Teologia reconhece que essa atitude de Jesus é um espelho do que ocorre lá no céu. A entrega do Filho ao Pai no céu já é um ato extraordinário, perfeito, de glória, aqui na terra foi marcado pela presença do pecado. Desta forma, torna-se dramática, um conflito de liberdade. Existe a liberdade humana que precisa amar a Deus, mas como está marcada pelo pecado, resiste, não quer se entregar. E Jesus Cristo assumiu essa condição humana. Não é um filho que se entrega ao pai sem nenhum problema, mas sim na agonia, suando sangue. Ao fazer isso, Jesus redime também a própria vontade humana.
São Máximo o Confessor sofreu duras penas ao defender que em Jesus havia duas vontades - a humana e a divina - caso não fosse assim, a vontade humana não teria sido redimida por ele, pois o que 'não foi assumido não foi redimido', dizia o Santo. E a remissão é necessária porque é com ela que o homem ama a Deus. E a vontade humana de Jesus que se entregou a Deus suou sangue. Portanto, não basta saber o que deve ser feito. É preciso curvar a vontade humana ao que deve ser feito.
Continuando o mesmo parágrafo, o Catecismo...